DESCRIÇÃO
Kimiko tem o cabelo de um azul profundo, cortado de forma excêntrica, que chega até a metade do pescoço, olhos turvos pelo infortúnio de seu passado, na cor de esmeraldas, pele branca e um semblante imperioso à primeira vista. Mas logo sua primeira impressão frígida cai por terra. Depois de anos trabalhando na casa de chá da família, Kimiko aprendeu a lidar com todo tipo de pessoa, se tornando agradável e empática. Não reservando a mesma gentileza para piratas. Por ser de uma família tradicional, foi muito bem educada, e disciplinada, e não costuma desobedecer ordens com facilidade.
Por conta das tradições familiares, Kimiko adquiriu um grande conhecimento sobre plantas, ervas medicinais, e venenos, e, esse último, nutrindo uma fascinação inusitadamente obsessiva.
Por conta de um infortúnio durante sua vida, sua trajetória foi bruscamente interrompida, fazendo com que ela deixasse a casa de chá da família, e fosse treinada por seu tio, quando o mesmo tinha tempo entre uma missão e outra, para entrar na marinha. Do qual se esforça para ser destaque em seu novo caminho, e poder ajudar as pessoas de outra forma, agora limpando o mundo dos piratas inescrupulosos.
HISTORIA
Conhecida mundialmente pela administração da maior casa de chá dos quatro blues, a família Miyazaki detém com exclusividade, o planejamento e realização da tradicional cerimônia do chá, feito durante o ano novo, em Loguetown, onde pessoas do mundo inteiro, peregrinam para a ilha em busca de boa sorte para o próximo ano. A casa de chá Miyazaki, além de ser conhecida pelos seus chás deliciosamente refrescantes e perfumados, que estão disponíveis para consumação o ano inteiro em seu restaurante, também são famosos pelos dons de adivinhação, passados de geração em geração.
Com Kimiko Miyazaki não foi diferente, assim como sua mãe, Kimiko trabalhou por toda a sua vida no restaurante de seus pais, servindo e fazendo os chás. Quando completou seis anos, despertou o dom de clarividência, que permanecia adormecido em seu sangue até então. A “criança dourada” como ficou conhecida, conseguia ler o futuro dos clientes por meio dos padrões encontrados nas ervas das bebidas, e em todas as suas consultas, via bons presságios que se realizavam uma hora ou outra.
Mas para exercer seu dom, precisava cumprir apenas uma regra, “em hipótese alguma, deverá ler a sorte de alguém quando o manto noturno cobrir os céus, Miyazaki”. A garota nunca teve uma explicação do porque haver essa restrição, tão pouco incomodou seus pais com suas dúvidas. Era uma tradição milenar, onde cada integrante da família cumpria sem questionar.
Miyazaki porém, foi sequestrada por um bando de piratas cruéis e decadentes, que ansiavam por boa sorte, para reerguer seu bando. Mesmo implorando para que eles esperassem até o dia nascer, eles não lhes deram ouvidos, e ameaçaram-na de morte caso não o fizesse. Kimiko preparou o chá para oito tripulantes e seu capitão, assim como havia aprendido. Com as mãos trêmulas, pegou uma única folha de chá, amassou entre os dedos, e despejou na xícara. O futuro que viu para eles foi abominável, uma previsão sombria, farta de mortes agonizantes.
Irritados, os piratas tentaram executar a garota, mas seu tio, Vice-Almirante da Marinha, chegou a tempo para salvá-la. Alguns deles foram presos, outros, mortos. Mas até os que sobreviveram, chegaram ao fim de suas vidas trágicas, assim como ela havia previsto.
A partir dai, sempre que Kimiko tentava dar uma espiadinha no futuro, só via mau agouro. Como recomendação do próprio tio, decidiu abandonar a casa de chá e se alistar na marinha, já que agora, para todos da família, ela representava má sorte para os negócios.